Monday, July 31, 2006
Mesmo que não consigas ouvir a minha voz, não pares. Continua a andar e não te preocupes se sentires que é lento. Faz parte do caminho. Sente os passos na velocidade de ti e não temas. Eu estou por perto. 2 steps behind.
Wednesday, July 26, 2006
[blood]
Deliramos numa vida em julgamos ser criadores. Mudam-se as metas consoante as frustações...de acordo com a revolta do querer ser original. E assim se vive. Porque amanha o sol nasce de novo e novas oportunidades de se fazer o que não se fez hoje... esquecer assim os males de ontem, e assim pensamos que nos podemos sentir melhor.
Mas, e porque ha sempre um mas, há sempre um momento em que descemos a nós e sentimos que coisas que parecem tão simples nos fazem sentir tão bem...
Mas, e porque ha sempre um mas, há sempre um momento em que descemos a nós e sentimos que coisas que parecem tão simples nos fazem sentir tão bem...
Tuesday, July 25, 2006
[skin] "O Castelo Andante"
O Castelo Andante de Hayao Miyazaki é um elogio à vida. Comporta o essencial daquilo que faz a poesia ser o mundo e o mundo ser, em essência, uma espécie de pureza poética.
Em o Castelo Andante há tudo o que a natureza humana tenta resgatar num acto simultâneo à fuga…há amor, sem dúvida, a tentativa, a experiência, a plenitude, a imensidão, a dor, a redenção, a salvação, a cura do/pelo/no amor. Todos os feitiços cessam quando se acredita. O conteúdo de cada acto manifesto no sentimento. O amor de tantas formas. Nas suas tantas formas e possibilidades de encontro.
Há guerra. Há falsidade e traição. Há um caminho que é luta e os personagens vão ganhando o seu espaço, vão conseguindo construir actos de confiança naquilo que são, no que representam, na dualidade da sua identidade Vs o seu reflexo.
Há pureza. Mesmo na maldade. Como se uma coisa nunca fosse possível de encontrar sem antes atravessar o seu contrário. As duas dimensões, as duas partes de uma coisa só.
Neste filme de animação, persiste a crença de que cada um pode acreditar na sua identidade, naquilo que intrinsecamente o faz ser quem é perante as adversidades que aguardam. Sem se ferir. O mundo de dentro a ser maior que o medo, a tomar sentido na inevitabilidade das quedas e dos erros. Aqui há sempre a possibilidade. A possibilidade de acreditar, de voltar a acreditar. E de perdoar. De saber perdoar depois de saber conhecer.
Em o Castelo Andante, Hayao Miyazaki, desvela a humanidade na personificação de todos os objectos e personagens (ou objectos que são os personagens) o inanimado a ser a vida em si, num jogo de cores, num círculo de sensações, numa sinestesia pura. Magia.
Visto hoje, em sessão especial no cinema King. Para apreciar na solidão de uma sala totalmente cheia. A rever. Em breve. Muito em breve.
Em o Castelo Andante há tudo o que a natureza humana tenta resgatar num acto simultâneo à fuga…há amor, sem dúvida, a tentativa, a experiência, a plenitude, a imensidão, a dor, a redenção, a salvação, a cura do/pelo/no amor. Todos os feitiços cessam quando se acredita. O conteúdo de cada acto manifesto no sentimento. O amor de tantas formas. Nas suas tantas formas e possibilidades de encontro.
Há guerra. Há falsidade e traição. Há um caminho que é luta e os personagens vão ganhando o seu espaço, vão conseguindo construir actos de confiança naquilo que são, no que representam, na dualidade da sua identidade Vs o seu reflexo.
Há pureza. Mesmo na maldade. Como se uma coisa nunca fosse possível de encontrar sem antes atravessar o seu contrário. As duas dimensões, as duas partes de uma coisa só.
Neste filme de animação, persiste a crença de que cada um pode acreditar na sua identidade, naquilo que intrinsecamente o faz ser quem é perante as adversidades que aguardam. Sem se ferir. O mundo de dentro a ser maior que o medo, a tomar sentido na inevitabilidade das quedas e dos erros. Aqui há sempre a possibilidade. A possibilidade de acreditar, de voltar a acreditar. E de perdoar. De saber perdoar depois de saber conhecer.
Em o Castelo Andante, Hayao Miyazaki, desvela a humanidade na personificação de todos os objectos e personagens (ou objectos que são os personagens) o inanimado a ser a vida em si, num jogo de cores, num círculo de sensações, numa sinestesia pura. Magia.
Visto hoje, em sessão especial no cinema King. Para apreciar na solidão de uma sala totalmente cheia. A rever. Em breve. Muito em breve.
Monday, July 24, 2006
[blood] refugio em mim
Refugio-me uma vez mais...
Desta vez não no meu mundo em que só o meu espelho sabe como existo
Mas naquilo que que vejo que sou.
Tudo que era certo deixou de o ser. As estrelas continuam iguais mas tem um novo formato.
Deliro.
Encontro-me.
Procuro-me nas justificações que julgo ter sentido. Mas que continuo a ignorar porque assim sou o que me deixo ser. Porque o sentido julga-me. Talvez não tanto como eu o julgo a ele.
A terra imóvel treme só para mim.
Porque o espelho já não me consegue refugiar e o mundo lá fora chama por mim.
Fuji mas não até longe demais. Não o suficiente para que que eu não me encontre. Mergulho no meu mar pessoal, um oceano imenso em que não tenho espaço porque sou demasiado pequena para a grandeza deste mar. Perco-me em mim. Procuro o espelho para me ver. Mas está escuro e não há imagem...será que me perdi e que me afoguei em mim própria?
Regresso. Nado até à costa e respiro. As estrelas estão lá, no mesmo sitio, com o mesmo brilho...mas algo não é o mesmo em mim, porque agora vejo-as como nuncas as tinha visto. Fecho os olhos. Sei as de cor...mas quando abro os olhos as memórias são substituidas por um novo aspecto das quais não percebo a diferença antes o antes e o depois do mergulho em mim.
Sinto que a resposta está perto...talvez num fim em que se anuncia talvez mais próximo do que o mar assim anunciou.
Abandono o espelho, refugio-me agora nos mergulhos em mim.
Desta vez não no meu mundo em que só o meu espelho sabe como existo
Mas naquilo que que vejo que sou.
Tudo que era certo deixou de o ser. As estrelas continuam iguais mas tem um novo formato.
Deliro.
Encontro-me.
Procuro-me nas justificações que julgo ter sentido. Mas que continuo a ignorar porque assim sou o que me deixo ser. Porque o sentido julga-me. Talvez não tanto como eu o julgo a ele.
A terra imóvel treme só para mim.
Porque o espelho já não me consegue refugiar e o mundo lá fora chama por mim.
Fuji mas não até longe demais. Não o suficiente para que que eu não me encontre. Mergulho no meu mar pessoal, um oceano imenso em que não tenho espaço porque sou demasiado pequena para a grandeza deste mar. Perco-me em mim. Procuro o espelho para me ver. Mas está escuro e não há imagem...será que me perdi e que me afoguei em mim própria?
Regresso. Nado até à costa e respiro. As estrelas estão lá, no mesmo sitio, com o mesmo brilho...mas algo não é o mesmo em mim, porque agora vejo-as como nuncas as tinha visto. Fecho os olhos. Sei as de cor...mas quando abro os olhos as memórias são substituidas por um novo aspecto das quais não percebo a diferença antes o antes e o depois do mergulho em mim.
Sinto que a resposta está perto...talvez num fim em que se anuncia talvez mais próximo do que o mar assim anunciou.
Abandono o espelho, refugio-me agora nos mergulhos em mim.
[skin] Au debut
Les rues sont la poesie
qui vole sur ton âbime
ton absence
ton cris.
Et je retourne jamais,
comme la mer,
au debut de toi.
Et c´est la poesie.
La poesie.
qui vole sur ton âbime
ton absence
ton cris.
Et je retourne jamais,
comme la mer,
au debut de toi.
Et c´est la poesie.
La poesie.
[skin] Abraço
Coloca teus braços sobre a minha agonia e mantem-me na suspensão da dor.
Fecha os olhos e deixa-me cair.
Não te importes.
Segura-te no preciso momento em que me sentires desaparecer e coloca teus braços na lâmina.
Espera. Respira fundo.
Abre os olhos.
Recorta a luz.
Deixa cair os braços.
Abraça o abraço de ti e deixa-me partir.
Fecha os olhos e deixa-me cair.
Não te importes.
Segura-te no preciso momento em que me sentires desaparecer e coloca teus braços na lâmina.
Espera. Respira fundo.
Abre os olhos.
Recorta a luz.
Deixa cair os braços.
Abraça o abraço de ti e deixa-me partir.
Sunday, July 23, 2006
[blood] toma
Toma-me.
Hoje vou deixar que bebas de mim.
Mas só um pouco.
Hoje vou deixar que me tenhas.
Mas não toda.
Cobre-me.
Mas deixa uma parte destapada.
Posso querer ir embora de ti a qualquer momento.
Hoje vou deixar que bebas de mim.
Mas só um pouco.
Hoje vou deixar que me tenhas.
Mas não toda.
Cobre-me.
Mas deixa uma parte destapada.
Posso querer ir embora de ti a qualquer momento.
[blood] quero
Quero...
Quero o teu beijo como quero o sono no fim do dia
Quero os teus braços como o teu beijo que anseio
Quero encontrar em ti o conforto da carne e na tua carne saciar a minha fome
Quero-te
Quero-te sobre e dentro de mim
Quero fazer um mundo só nosso
Quero o teu cheiro em mim
Quero gritar, sem palavras, que sou tua
Quero o teu silêncio
Quero que mergulhes em mim
Quero que faças de mim a tua onda em que navegas
Quero sentir-te tão proximo de mim o quanto seja possivel
Quero que os teus olhos vejam nos meus como te quero enquanto os nossos corpos sao um
Quero sentir contigo o sol a dar lugar à lua
Quero a escuridão profunda e eterna num momento só
Quero gritar ao mundo que tudo é nada porque és o tudo que quero.
Quero o teu beijo como quero o sono no fim do dia
Quero os teus braços como o teu beijo que anseio
Quero encontrar em ti o conforto da carne e na tua carne saciar a minha fome
Quero-te
Quero-te sobre e dentro de mim
Quero fazer um mundo só nosso
Quero o teu cheiro em mim
Quero gritar, sem palavras, que sou tua
Quero o teu silêncio
Quero que mergulhes em mim
Quero que faças de mim a tua onda em que navegas
Quero sentir-te tão proximo de mim o quanto seja possivel
Quero que os teus olhos vejam nos meus como te quero enquanto os nossos corpos sao um
Quero sentir contigo o sol a dar lugar à lua
Quero a escuridão profunda e eterna num momento só
Quero gritar ao mundo que tudo é nada porque és o tudo que quero.
[blood] espero-te.
Espero-te.
Preparo-me. Como se ainda fosse a tempo.
Ignoro o que nos afastou e penso em ti.
Aguardo o teu toque na minha pele pálida, que um dia disseste gostar.
Preparo-me para me deliciar com o teu cheiro que um dia já despertou o mais humano de mim.
Revivo o filme dos nossos momentos a dois, e vagueio nas cenas que o tornariam perfeito.
Olho-te como se aqui estivesses. Como se não fosse apenas o nada que ficou.
Anseio por ti como quando te esperava, como ainda tudo tivesse igual aquilo que eu esperava mas que não chegou a se-lo.
Procuro as melhores desculpas para atracar noutro porto e deixar de navegar nos sonhos de te voltar a ter, desta vez sem as cenas deste filme serem interrompidas pelos constantes intrevalos que te fizeram esquecer a parte principal do enredo.
Cheiro-te, sinto-te em mim como se o todo se transformasse em nada e o nada ganhasse sentido num todo que só o nada explica.
Eloqueço num mundo demasiado sério para nos deixar a sós, e espero-te na minha solidão cheia de gente escura como a sombra do meio de um dia de verão...
Seca o verniz, mas a vontade de te ter fica cada vez mais fresca.
Preparo cada pormenor do meu corpo e deixo-o cuidado, como se a vontasse não fosse que a tua passagem por mim deixasse todas as marcas de uma vontadade que ainda não se concretizou.
Olho-me no espelho e espero que também teus olhos me vejam. Tudo como se o tempo não tivesse levado a tua vontade de mim.
Preparo um ritual, dia após dias, na ansia que voltes a mim.
Como se um dia tivesses sido de facto meu.
Como se não passasses de um sonho meu, como se os nossos momentos a dois tivessem sido mais importantes que trocas de qualquer coisa que agora, para ti é nada.
Recrio tudo como se estivesse de facto no momento em que eu existia para ti. Oiço as palavras que não chegamos a dizer, saboreio-te em mim mesmo sabendo que o tempo não nos dá nem mais um segundo de si.
Preparo-me. Como se ainda fosse a tempo.
Ignoro o que nos afastou e penso em ti.
Aguardo o teu toque na minha pele pálida, que um dia disseste gostar.
Preparo-me para me deliciar com o teu cheiro que um dia já despertou o mais humano de mim.
Revivo o filme dos nossos momentos a dois, e vagueio nas cenas que o tornariam perfeito.
Olho-te como se aqui estivesses. Como se não fosse apenas o nada que ficou.
Anseio por ti como quando te esperava, como ainda tudo tivesse igual aquilo que eu esperava mas que não chegou a se-lo.
Procuro as melhores desculpas para atracar noutro porto e deixar de navegar nos sonhos de te voltar a ter, desta vez sem as cenas deste filme serem interrompidas pelos constantes intrevalos que te fizeram esquecer a parte principal do enredo.
Cheiro-te, sinto-te em mim como se o todo se transformasse em nada e o nada ganhasse sentido num todo que só o nada explica.
Eloqueço num mundo demasiado sério para nos deixar a sós, e espero-te na minha solidão cheia de gente escura como a sombra do meio de um dia de verão...
Seca o verniz, mas a vontade de te ter fica cada vez mais fresca.
Preparo cada pormenor do meu corpo e deixo-o cuidado, como se a vontasse não fosse que a tua passagem por mim deixasse todas as marcas de uma vontadade que ainda não se concretizou.
Olho-me no espelho e espero que também teus olhos me vejam. Tudo como se o tempo não tivesse levado a tua vontade de mim.
Preparo um ritual, dia após dias, na ansia que voltes a mim.
Como se um dia tivesses sido de facto meu.
Como se não passasses de um sonho meu, como se os nossos momentos a dois tivessem sido mais importantes que trocas de qualquer coisa que agora, para ti é nada.
Recrio tudo como se estivesse de facto no momento em que eu existia para ti. Oiço as palavras que não chegamos a dizer, saboreio-te em mim mesmo sabendo que o tempo não nos dá nem mais um segundo de si.
[blood] Não me acordes.
Não me acordes antes de saires.
Não te precoupes com nada, só mesmo em partires,
Bate a porta com o mesmo silêncio em que te ouvi dizer que me queres.
Vai.
Simplesmente sai.
Não me deixes bilhete na cabeceira,
Não deixes nada esquecido na cadeira,
Sai de qualquer maneira.
Não é preciso sequer telefonar.
Não adianta sequer pensar.
Não te deixo voltar a entrar, nem mais uma vez!
Quando pensares em mim acende um cigarro...é melhor pelo menos três!
Bebe mais um golo do wiskey, um por cada mês
O suor do meu corpo sobre o teu vai desaparecer...
Tem paciência é só o tempo do gelo derreter.
É só isso que tens que fazer
Só tens que sair,
Escusas sequer de sorrir,
Deixa-me simplesmente a dormir.
Não te precoupes com nada, só mesmo em partires,
Bate a porta com o mesmo silêncio em que te ouvi dizer que me queres.
Vai.
Simplesmente sai.
Não me deixes bilhete na cabeceira,
Não deixes nada esquecido na cadeira,
Sai de qualquer maneira.
Não é preciso sequer telefonar.
Não adianta sequer pensar.
Não te deixo voltar a entrar, nem mais uma vez!
Quando pensares em mim acende um cigarro...é melhor pelo menos três!
Bebe mais um golo do wiskey, um por cada mês
O suor do meu corpo sobre o teu vai desaparecer...
Tem paciência é só o tempo do gelo derreter.
É só isso que tens que fazer
Só tens que sair,
Escusas sequer de sorrir,
Deixa-me simplesmente a dormir.