Monday, July 24, 2006

[blood] refugio em mim

Refugio-me uma vez mais...
Desta vez não no meu mundo em que só o meu espelho sabe como existo
Mas naquilo que que vejo que sou.
Tudo que era certo deixou de o ser. As estrelas continuam iguais mas tem um novo formato.
Deliro.
Encontro-me.
Procuro-me nas justificações que julgo ter sentido. Mas que continuo a ignorar porque assim sou o que me deixo ser. Porque o sentido julga-me. Talvez não tanto como eu o julgo a ele.
A terra imóvel treme só para mim.
Porque o espelho já não me consegue refugiar e o mundo lá fora chama por mim.
Fuji mas não até longe demais. Não o suficiente para que que eu não me encontre. Mergulho no meu mar pessoal, um oceano imenso em que não tenho espaço porque sou demasiado pequena para a grandeza deste mar. Perco-me em mim. Procuro o espelho para me ver. Mas está escuro e não há imagem...será que me perdi e que me afoguei em mim própria?
Regresso. Nado até à costa e respiro. As estrelas estão lá, no mesmo sitio, com o mesmo brilho...mas algo não é o mesmo em mim, porque agora vejo-as como nuncas as tinha visto. Fecho os olhos. Sei as de cor...mas quando abro os olhos as memórias são substituidas por um novo aspecto das quais não percebo a diferença antes o antes e o depois do mergulho em mim.
Sinto que a resposta está perto...talvez num fim em que se anuncia talvez mais próximo do que o mar assim anunciou.
Abandono o espelho, refugio-me agora nos mergulhos em mim.

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