Tuesday, June 26, 2007

[blood] levar-te daqui

pudera eu pegar na espada e vestir a capa longa e inpenetravel.

deixar-te quente e protegida.

no escuro. para nao veres o que te rodeia.

e defender-te. levar-te daqui.

basta que seques as lagrimas dos outros. e tu te afogues nelas. e nas tuas que nao deixas brotar.

sufocas. e eu nao posso bater-te nas costas para que respires melhor.

queria poder pegar-te ao colo e passar entre as chamas que te queimam.

e deixa-te respirar.

[blood] deita a chave fora

fechou-se a historia das tuas ilusoes.
terminou a vontade de continuar a iludir-te.
cessou o capitulo em que podia ser que amanha fosse diferente.
ja nao ha mais mensagens de amor vazio.
culpa-me. alguem tem que ser culpado.
se assim deitas a chave fora.
culpa-me. ja nao sorris. ja nao me fazes sorrir.
ja nao tenho que fingir mais. ja nao tens que fingir que acreditas.
nao tenho que gostar que gostes de mim. nao tens que gostar por mim e por ti.
agora ja nao ha mais paginas para se escrever.

[blood] vi-te

Olhei para ti hoje,
Vi-te hoje pela primeira vez. Atraz de ti, o mar.
mas foi em ti que mergulhei. e atraz de ti o mar, revoltado.
e tu sereno. e tu calmo e colorido.
o mar em furia. o ceu cinzento. tal e qual uma tela debotada entre o branco e preto. tudo misturado. no ceu. em mim.
e vi-te. hoje foi a primeira vez que te vi. acho ate que te senti.
foi o mar que despertou que visse a cor em ti. talvez tivesse sido a areia. ou as gaivotas que gritaram para que te ouvisse. ou o cheiro a inverno que me fez cheirar-te. ou qualquer outra desculpa facil que me permitisse ficar ali.
mergulhar contigo no mar em euforia. abusar de ti. sem sequer me molhar.

[blood] podia ter sido

Viajei no teu sorriso. Sentei-me no teu abraço. Divaguei nas tuas historias.
deixei-me ficar.
o teu olhar...a luz que aquece.
e podia ter sido bonito.
o teu olhar aqueceu-me .
O negro do que vestes tornou-se mais claro do que eu propria. ou do que ficou de mim.
por dentro. tudo por dentro. sempre por dentro.
como um saco. que tem dentro e tem imagem por fora. publicidade ou nao.
Nao adianta reclamar o que podia ter sido. aqui nem dentro nem fora, ha direitos nem livros de reclamaçoes.
Podia ter acontecido.
mas nao aconteceu. so mesmo quando viajava no teu abraço aquando das tuas historias.
tudo quando bastava. porque o teu toque dava esperança.
agora nem isso.
e podia ter sido bonito.

[skin]blank spot

nothing to say

a blank spot inside my head.

Friday, June 22, 2007

[skin] crashed

crashed.
o corpo doído no rasgar da estrada.
a carne ferida no largar do equilibrio.
a vertigem a recordar o frgamento da mais infima fracção de cada segundo.
o suave grito do erro.
crashed.

Wednesday, June 20, 2007

[skin] i-n-so-m-ni-A

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[skin] VoZes

Quero correr. Correr. Correr. Sem parar.
Quero cair. Cair. Cair. Sem parar.
Quero voar.Voar.Voar. Sem parar.
Quero dançar. Dançar. Dançar Sem parar.
Quero calar as vozes todas. Todas. Todas. Sem conseguir.

Monday, June 18, 2007

[skin] the Way

Push me just a little bit further.
Watch as I fall into the glass.
Whisper in this wind’s ears, whatever it is that you never told me.


Then keep your silence. And just let it go.

Thursday, June 14, 2007

[skin] meaning

I mean nothing to you.

You need nothing from me.
This is a place of no regret.

Come and save me from myself.

Monday, June 11, 2007

[skin] palCo

Não te encontro.
Se te encontrasse
dizia-te
que depois de ti fica-me o sabor das tuas costas contra o meu peito num toque suave de repouso
dizia-te
que sinto o meu respirar sobre a pele do teu pescoço e que te sussurro silêncios no ouvido mais profundo.
Dizia-te que tu estás despido de todos os teus personagens e ficas só tu, trémulo, triste, derrotado pelo cansaço da fuga que insistes fazer sobre ti e te demoras na dor junto ao meu corpo e eu te coloco a palma da mão sobre a testa e deixo-a deslizar no negro do teu cabelo vezes sem conta, até que adormeças por fim.
Se eu te pudesse ver
dizia-te que depois de ti
ficava a ilusão das minhas costas nuas sobre tuas mãos frias em correntes sem sentido, toques suaves mas seguros...e que eu chorava porque sabia que já podia morrer, já podia morrer porque naquele momento havia aprendido a vida inteira. Naquele momento sabia-me vivo e podia morrer sob tuas mãos.

[skin] ilusão

Se me deleito, és a praia
Se escureço, és a noite
Se enlouqueço, és a razão
Se me perco, és o sentido
Se me ausento, és o retorno
Se desapareço, és a sombra
Se toco, és os dedos
Se amo, és o tempo
Se deixo, és o centro
Se fico, é por seres eu.

És o que sobra quando o mundo me morre nos braços.

Saturday, June 09, 2007

[skin] Quando

Perguntava-me, muitas vezes, qual seria o dia em que não voltarias a entrar. Perguntei-me, muitas vezes – em todas as vezes que saiste – se voltarias a voltar. Em todos os momentos que ficavas lá fora, eu ficava quieto, sossegado, a sentir-te por dentro como se o silêncio fosse o instrumento perfeito para te despertar no movimento. Sentir-te como se mais nada pudesse fazer qualquer tipo de sentido. Sentir-te como se o tempo não tivesse tempo suficiente para eu te colocar dentro do meu tamanho. De uma só vez. De todas as vezes. Teus dedos a tocarem os meus. Todas as vezes. Teu corpo a abraçar o meu. Sempre que saías. Tua voz a silenciar meu grito. Em silêncio. O bater do coração da tua alma a cantar a minha. Teu corpo no enlace do meu. De mim. Com o que já não fazia falta ao resto do mundo. A paixão a ser a medida do tempo que nunca chegou a ser o suficiente para te colocar dentro de tudo o que eu tentava ser. E eu a não poder ser igual a ti. Os movimento serenos e contínuos da paixão e os dedos a tremer. A lingua a sarar. A respiração no arfar da dança e as tuas pernas a desenhar-me o caminho e eu. Eu a não poder ser como tu. A não poder sair. Eu a esperar que voltasses a sair para te poder sentir. Perguntava-me sempre quando é que não chegarias a voltar. Perguntei-me todas as vezes que saiste.

Wednesday, June 06, 2007

[skin] disseste

Disseste-me que querias ouvir-te respirar.
Disseste que querias falar e depois morrer.
Que querias ouvir as melodias todas até o mundo parar.
Que querias que eu pudesse perdoar o que não tem perdão.
Que precisavas que te explicasse o sentido que não chega nunca. Por mais que o tempo passe.
Querias que te pudesse amar quando a possibilidade de não de chegar a existir era mais forte.
Pediste que tentasse.
E depois desapareceste na sombra.

Tuesday, June 05, 2007

[skin]

O mar é lugar sagrado das coisas absolutas.
O absoluto é reduto de lugares sagrados.
Na areia os passos a arriscar ceder à tentação de seguir.

Podes levar tudo. Tudo o que és.
Pode até haver segredos nas rochas.

Na erosão do tempo junto à carne e à cedência do tempo.
Mas a areia não termina.
Não termina o deserto.
Não termina a praia onde te reconheces e podes continuar.
Segura as asas quando vires o sol.

Deixa-as abrirem-se de frente para luz. E segue.
O mar segura os momentos todos.

Sunday, June 03, 2007

[skin] momento

Põe os teus dedos na alma que foi minha e abusa-me. Devasta tudo o que encontrares até chegares ao sexo. Lambe as mãos como se estivesses em mim. Viola-me. Contra a parede. Faz-me feridas. Nos dedos. Na pele. Com a língua. Rasga-me. Entra. Não saias. Solta a tua fúria dentro do meu corpo e deixa-me chegar lá. Ao lugar. Outra vez. Viola-me. Agora tu contra a parede. Eu não sinto. Fere-me. De olhos fechados. Não importa em que parte do corpo o assombro chegar. Fode-me. Até que eu morra. Não tenhas medo. É só até eu morrer. Vem. Te. Respira. Me. Vem. Te. Morre. Me. E depois do lugar atira-me para o chão. Abre os olhos. E sai por aquela porta.

[skin] altura

Pelas ruas não há mais sinais. As luzes dos candeeiros estão prestes a terminar a sua existência e não restará grande coisa para alumiar. Não há sinais. Não vale a pena permanecer por aqui. Não é preciso procurar. Não tem significado qualquer ilusão de espera. As ruas estão além do que se pode pisar e isso basta a quem não precisa de nada do que poderia faltar.
Há risos. Hé sempre risos antes da tempestade. Como que a anunciar. Como que a explicar que o reduto final é o que está dentro. Sempre o que está por dentro.

[skin] fOde-Me

Fode-me.
Quando não puderes olhar para mim. Fode-me.
Quando não conseguires falar.
Fode-me.
Sou o que resta da puta na tua alma. Fode-me.