[skin] pe-r-CE-p-ç-ão
De cada vez que batias à porta pensei que era eu quem chegava. Depois comecei a olhar-te bem e percebi. Percebi tudo.
Quando circulava por entre as pessoas dispostas entre as pedras dos passeios, pensei que era a minha sombra que corria nas sombras dos outros. Mas foi quando vi que a minha sombra não era sombra porque não era minha, percebi tudo.
Se o meu respirar encontrava a noite depois da música, oscilava no movimento ténue do peito e ansiava ser o movimento de mim que ali encontrava. Depois vi que as mãos não eram as minhas. Percebi tudo.
Mas foi no momento em que vi o que o sentir encontrava nos outros que entendi que não podia ser eu. Nunca podia ter sido eu. Porque eu não sentia. Eu não andava. Eu não tinha sombra. Eu não tinha respirar. Eu não estava na noite. Eu estava em tudo o que está depois de tudo o que falta. E isso não chegava para nada.
Quando circulava por entre as pessoas dispostas entre as pedras dos passeios, pensei que era a minha sombra que corria nas sombras dos outros. Mas foi quando vi que a minha sombra não era sombra porque não era minha, percebi tudo.
Se o meu respirar encontrava a noite depois da música, oscilava no movimento ténue do peito e ansiava ser o movimento de mim que ali encontrava. Depois vi que as mãos não eram as minhas. Percebi tudo.
Mas foi no momento em que vi o que o sentir encontrava nos outros que entendi que não podia ser eu. Nunca podia ter sido eu. Porque eu não sentia. Eu não andava. Eu não tinha sombra. Eu não tinha respirar. Eu não estava na noite. Eu estava em tudo o que está depois de tudo o que falta. E isso não chegava para nada.
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