Wednesday, December 27, 2006

[Blood] Tempo de tudo e com tempo para nada.

(o nada voa sobre o tudo que o momento a mais não pede)

Espera-me, que eu nao vou, eu sei mas tu nao tens que o saber. Adio-te.
Mas nao deixo de gostar de ti ou do que representas para mim

Porque tudo começou por não me aptecer mais do que um pouco de nada.
Um momento em nós para o que não quero de ti
E estava tudo bem assim.

No obscuro havia o refugio de uma luz tão simples e tão clara.
Tudo tão de nada como tudo em que o nada se transforma em cada palavra que dito na direcção do que não quero.
e de um momento para o outro, a luz clara e confortavel voltou a assombrar a felicidade que nunca existiu entre nós, esperando
eu eu e eu e tu nao és eu. não adianta entrares em mim mais do que o rasgo de luz.
Numa ponte que se ergueu no momento em que podiamos sobreviver com a luz simples e clara, a mesma ponte está a ruir. Pedra após pedra tudo o que é fragil cai, e derruba-nos.

Tuesday, December 26, 2006

[skin] revelação

Mostra-me o que resta.
Depois daí não há grande coisa para ver.
Mostra-me o último buraco. A última cratera.
Depois da lava só a pedra.
Não faz tanto calor quanto o que sentes.
A pele a arder como se o frio fosse a salvação feita prenúncio de mudança.
Mas não. O calor a queimar na temperatura que é pólo negativo. Negativo. Negativo.
Um delírio. Dois delírios.
Duas vezes. Um delírio.
Depois deste momento em que as vozes são o comando das ondas, o mar a ser o deserto.
Incenso. Há incenso no ar e depois lava.
Pó. Fumo. Cinzas. Pó.
Não faz tanto frio quanto os teus lábios insinuam.
Não tremas. Deixa o corpo repousar.
Pousa a mão sobre o sexo e sente queimar.
Em delírio. De novo o delírio.
As vozes a não dizerem nada. As vozes a não entrarem dentro da tua cabeça de novo. Não desta vez. Não como das outras vezes. Não há como. Mas deserto.
Ainda o deserto.

Mostro-te o que restou.
Depois disto não há nada para ver. Nada.
Mostro-te o último grito. O último corte na obscuridade de ti.
Já não lava. Deixou de haver lava. Só pedra. Pedra negra.
Não há nada que aqueça o corpo. Nem a mão sobre o sexo. Nem o sexo sobre o sexo.
A salvação a ser condenação absoluta de não haver mais lugar para onde voltar.
Não faz frio. Está frio.
O delírio absoluto. A ausência tornada espaço onde se pode ficar inteiro. Ausência.
O mar a ser deserto e a areia a ser os dedos. Nas ondas. Num mar que não é mar, que deixou de ser mar para ser deserto.
Não há incenso. Não houve incenso. Nenhum odor a circular no tempo.
Os teus lábios a tocar as minhas costas pela última vez. E não há insinuação. Há anúncio. Última vez. Pela última vez.
Tremes. Tremes qundo te percorro a alma com a língua e sabes reconhecer o frio a trespassar a areia.
Cinzas. Areia. Pós. Cinzas.
Pousa a mão sobre o meu sexo e vê-me morrer. Pela última vez.
Delira. Sente o delírio a revelar a ausência.
Não há vozes. Estou em silêncio. Depois do tempo. O silêncio que vem no fim do tempo. Nada dentro da tua cabeça.
Desta vez não há mais nada. Nem desculpa. Nem crime. Nada. Desta vez. A última vez.
Mostro-te o que restou.
Não restou nada.

Tuesday, December 19, 2006

[skin] exposed

Exhaustion-Where I fall is the point of no return-Where I fall-And you can’t reach me-Where I die you can’t touch me-There’s no stopping this fall now-I’ve tried-I’ve been trying all this time-Through all this life-No return-This is the point of no return-From where I’m standing now there’s no seeing you-There’s no being me-And you can’t reach me-You can’t touch me-Even if you try to breathe-Even if you could breathe me-No life-No return-My fall is my going back to where I belong-I’ve been alone all my life-All this time-You couldn’t see-No one could have seen it-And the anger rising like the sun through the mist-Every single day-Every single night-And you’ll have to let me go-Let me fall from this-In front of you-No time-I’ve got nothing left to give-To you-To the world-Nothing left so let me fall-This is the point of no return-Consumed by anger-Consumed by me-In flames turned to ashes-A place so far away from you-You won’t touch me-Unable to touch me-Unable to cry me-The point-No return-Please, let me fall down-I’m exhausted-

Friday, December 15, 2006

[skin] Inability


Unable to hurt you. I’m unable to cause you pain.
No matter how hard I try. No matter how harsh I put myself in to do you harm…I can never do. Ever.
Whatever I meant to tell you. Whatever you meant telling me. Nothing matters now. Maybe it never did matter at all.
This is it.
This is what it is.
Nothing more. Nothing less.
Plain.
Simple.
Nothing.
Just this enabled something.

Tuesday, December 12, 2006

[skin] -inSide-liNe-

Parei na linha. E a tua boca a ser o lugar reservado à crença.
O último rasgo de possibilidade de acreditar.
A linha a deixar a marca na pele. O corpo nú ao frio.
A sanidade a ser o lugar antes da linha onde parar começava a anunciar o delírio.
O corpo. Nú. O frio.
A tua boca a tocar o veneno. O limite da descrença.


ao som de "I remember" e "9 Crimes" de Damien Rice

Thursday, December 07, 2006

[skin] "Volcano" - Damien Rice - a música do dia

Don't hold yourself like that. You'll hurt your knees. I kissed your mouth and back. But that's all I need. Don't build your world around. Volcanoes melt you down. What I am to you is not real. What I am to you you do not need. What I am to you is not what you mean to me. You give me miles and miles of mountains. And I'll ask for the sea. Don't throw yourself like that in front of me. I kissed your mouth your back. Is that all you need?Don't drag my love around. Volcanoes melt me down. What I am to you is not real. What I am to you, you do not need. What I am to you is not what you mean to me. You give me miles and miles of mountains. And I'll ask for the sea.
What I give to you Is just what I'm going through. This is nothing new. No no just another phase of finding what I really need. Is what makes me bleed. But like a new disease god she's still too young to treat. Like a distant tree. Volcanoes melt me down. She's still too young. I kissed your mouth.You do not need me.

[skin] make a wish

I wish I knew how to allow you to get some sleep
...how to keep you away from this cold breath of mine.
Wish I wasn’t here. Wish I had never been here at all.
Wish I could have been good enough.
Wish your pain was mine to feel.

Tuesday, December 05, 2006

[blood] bandeira

Façamos as loucuras da vida num momento so. Corramos pelo mundo a acenar a bandeira do amor. Vamos unir-nos, e faze-lo literalmente, fazendo cuspir o que esta a mais no corpo do homem. Muitas vezes. Com trapezismos. Sem eufenismos. Gritemos a cançao do orgasmo em varios tons e a 2 vozes. Lavemos a alma de uma vez só. Por um momento que se arrisque tudo. Depois o vazio? ...bahh n falemos de coisas serias!

[blood] pele.

Enigma.... Para quem gosta de conhecer mais. Para quem nao fica pelo ponto de partida. Para quem nao se resigna. Para quem tem a coragem de ser o que é. Sem truques. Sem malabarismo para se torcer e ser o que não é. Para quem vê sem recorrer aos olhos, mas que sente. Num momento apenas, num misto de um tudo por si só e tudo o que é importante.
porque a pele que cobre, pode nao deixar ver o espirito e muito menos a "alma" mas é puro. dentro da pele é tudo puro. será? fica o ponto de partida, o enigma.

[Blood] e n ha mais nada a dizer.

Vá. Foge mais uma vez. Viaja mais uma vez nessa sombra que escolheste [sim porque desta vez tiveste escolha] e mais uma vez nao penses. Porque nao vale a pena. Porque achas que não és capaz. Deslumbras-te. Sonha com o que nao és. Acompanha as aventuras dos que sabes que sao falhados, para tu proprio falhares e te sentires mal por isso. So assim vives mergulhado na tua própria culpa. Na tua vitimização. E numa coisa tens razão. És mesmo uma nodoa. E desta vez nao to digo, porque tu sabes o que és!