Tuesday, September 05, 2006

[skin] pensamento do dia

Hoje entendi o conceito de amor. Ou pelo menos acho que entendi. Não que o tivesse sentido ou sabido em mim de uma forma que se pudesse ter tornado inadiável mas porque o vi nos olhos e nas palavras dos outros.
Se o tivesse sentido em mim, talvez o tivesse compreendido antes. Mas não foi assim. Embora não negue – de todo – a possibilidade de também o sentir, assim, sem ainda ter percebido que possa ser lugar incontornável d(em) mim. Retomando. O mundo é feito de amor. De afecto. De um jogo de dar e receber em que às vezes uma das partes falha e tudo desaba. O mundo inteiro desaba e resta apenas o caos...a desordem...a dor. E constroem-se abismos em torno de chagas que se opta por não deixar fechar porque dói mais encerrar o amor na distância dos gestos e dos confortos do que deixá-lo ficar na suspensão da possibilidade do retorno.
Tudo na vida é uma questão de afecto. E de desafecto. Do estar, do não estar. Do receber, do não dar. De amor e de desamor. Se nao amas, morres – porque sim, ama-se sem se ter a plena consciência desse facto, sem que atribuemos esse nome – e se não és amado, também morres. Tudo na vida é feito de amor. Nasce do amor. E talvez do seu contrário. E se um pólo positivo e um pólo negativo se completam e se torna negativo e dois polos negativos se anulam, então no fim só resta uma coisa: o amor. Um raciocinio demasiado matemático e talvez não muito correcto mas a ideia é essa. Fica tudo aí,. Nesse lugar que o mundo entendeu chamar de amor. Nesse lugar que é planície de afectos e desfiladeiro de desafectos. E onde tudo se resume à palavra e ao gesto. E em que tudo se ganha tão facilmente quanto se perde. E depois disso...depois disso é como se não houvesse lugar a mais nada.

2 Comments:

Blogger Ana Rita said...

arrepiante...

10:42 PM  
Anonymous Anonymous said...

o tempo que perdemos a negar-nos e a fugir daquilo que é o que faz de nós humanos [o amor]..se doi a queda de facto doi mais pensarmos no que nao fizemos....

4:00 PM  

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