[skin] A quem partiu
Os anos que passam são como as folhas de Outono. As de antigamente. O Outono que ainda era Outono e as árvores se despiam ao vento na ânsia de poder recuperar, mais tarde, a sua pele mais viva.
Os anos são as folhas. Talvez nós sejamos o vento. O que passa. O que fica. O que permanece. E o que encobre. O tempo encoberto e a debilidade das quedas por entre as folhas.
E as árvores também morrem. E as árvores também choram. E as pessoas desaparecem da nossa vida, da vida de todos os dias vivida na pressa de chegar ao lugar, a um qualquer lugar a que sem não conhece o nome. E um dia chega-se ao lugar de todos os dias e percebemos a falta. A lacuna. A ausência. As pessoas desaparecem da nossa vida como folhas levadas no vento. No tempo.
Pessoas que estavam ali. Num lugar sobejamente conhecido porque intrinsecamente dissecado. Pessoas a olharem-nos de frente e a verem o seu reflexo em nós. Beleza. A beleza de todos os dias feios.
Um tempo. O pedido de um tempo. Para saber mais. Para conhecer mais. E o tempo a levar no vento o pedido. Por entre o rir. Por entre o falar. Palavras e mais palavras por entre sorrisos verdadeiros. A brincar. De verdade. Como crianças. Árvores a vestirem-se no chegar da primavera. Uma nova pele. Um novo começo.
E tu a partires.
Hoje.
Na fealdade de um dia verdadeiramente verdadeiro.
Tua ausência e tua distância a recordarem o tamanho do vento. Do tempo. Das folhas no caminho que já não vamos continuar a percorrer.
As folhas a desenharem-te a face – doente mas viva – no rir dos dias feios mas verdades incondicionais.
Conhecias bem o caminho que te conduzia. Por entre as folhas. Ao colo do vento. E chegaste onde querias. O lugar a que deste teu nome. Mário. Teu nome. No vento que me diz que há verdade no recomeço.
R.I.P.
Os anos são as folhas. Talvez nós sejamos o vento. O que passa. O que fica. O que permanece. E o que encobre. O tempo encoberto e a debilidade das quedas por entre as folhas.
E as árvores também morrem. E as árvores também choram. E as pessoas desaparecem da nossa vida, da vida de todos os dias vivida na pressa de chegar ao lugar, a um qualquer lugar a que sem não conhece o nome. E um dia chega-se ao lugar de todos os dias e percebemos a falta. A lacuna. A ausência. As pessoas desaparecem da nossa vida como folhas levadas no vento. No tempo.
Pessoas que estavam ali. Num lugar sobejamente conhecido porque intrinsecamente dissecado. Pessoas a olharem-nos de frente e a verem o seu reflexo em nós. Beleza. A beleza de todos os dias feios.
Um tempo. O pedido de um tempo. Para saber mais. Para conhecer mais. E o tempo a levar no vento o pedido. Por entre o rir. Por entre o falar. Palavras e mais palavras por entre sorrisos verdadeiros. A brincar. De verdade. Como crianças. Árvores a vestirem-se no chegar da primavera. Uma nova pele. Um novo começo.
E tu a partires.
Hoje.
Na fealdade de um dia verdadeiramente verdadeiro.
Tua ausência e tua distância a recordarem o tamanho do vento. Do tempo. Das folhas no caminho que já não vamos continuar a percorrer.
As folhas a desenharem-te a face – doente mas viva – no rir dos dias feios mas verdades incondicionais.
Conhecias bem o caminho que te conduzia. Por entre as folhas. Ao colo do vento. E chegaste onde querias. O lugar a que deste teu nome. Mário. Teu nome. No vento que me diz que há verdade no recomeço.
R.I.P.
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