Friday, October 20, 2006

[skin] escultura

Olhei-me nos olhos do reflexo da chuva e vi o rumo tido como certo.
O rumo a desvelar a certeza dos espinhos a rasgar a carne.
Não há mais barro para esculpir. Só pedra.
As mãos, feridas e frias, já não têm lugar.
Mar alto. A pressão é demasiada sobre a finitude do respirar.
Daqui para a frente não é possível olhar para trás. Não é possível tentar fechar o olhar. A luta será inglória e suada. O rumo não é caminho.
Depois há-de cair um qualquer outro abismo para poder iludir a possibilidade de chegar. De ter chegado.

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